1 + 1 = 3

O Davi chegou um pouco antes do esperado, na madrugada de segunda para terça minha bolsa estourou e fui para o hospital, cheguei lá por volta das 04:30 e com os exames a médica disse que eu apesar da bolsa ter estourado eu ainda não estava em trabalho de parto, não tinha quase nada de contração e dilatação então estava em zero ainda, por isso seria necessário já ficar internada e induzir o parto. Depois da indução do parto as contrações começaram para valer, mas a dilatação estava muito lenta ! Passei a tarde toda de terça sentindo contrações que ainda estavam irregulares, no final da tarde que começaram a manter uma regularidade nos intervalos e a dilatação ainda estava em 3 a 4cm. Foi quando recebi a anestesia que as coisas melhoraram um pouco. Nesse momento eu já estava sem forças, afinal jantei na segunda e depois que fui internada não pude comer nem beber mais nada além de chupar gelo ! Comecei a ficar nervosa e minha pressão subiu apresentando um quadro de pré-eclampsia, foi preciso aplicar magnésio na veia e precisei ficar com sonda ! Mas depois que as coisas se normalizaram correu tudo bem e o Davi chegou forte e saudável, o que para mim é o mais importante !

Sempre imaginei o parto normal diferente. Achei que era uma dor terrível (isso é sim com certeza), mas que no máximo no dia seguinte eu já poderia fazer tudo normalmente, mas para mim foi um pouco diferente. Eu precisei levar alguns pontos e está inchado e super dolorido até hoje. Por causa da pressão alta, eu precisei ficar em observação por 24hs e sem poder levantar da cama para nada. Então nessa hora eu dei graças a Deus por ter o marido que tenho, ele ajudou muito com o bebe na primeira noite, dava mamadeira (no início o Davi não pegava o peito de jeito algum, e eu também quase não tinha colostro, só foi começar a vir mesmo dois dias depois do parto) ,  pegava ele para acalma-lo e o trazia para eu trocar. Não dormimos nada, eu acordava seguidamente para ver se o Davi estava respirando, isso sem contar também que as enfermeiras vinham ao quarto a todo instante para verificar temperatura, batimentos cardíacos, pressão arterial e conferir a taxa de glicose do Davi, isso me cortava o coração, cada agulhada que ele levava doia meu coração, mas foi muito bom saber que estava tudo bem com meu filhotinho ! No dia seguinte estávamos mortos de sono, mas a segunda noite já foi bem melhor e conseguimos dormir e descansar.

Hoje quando eu olho seu rostinho ou quando ele dá seus gritinhos, me sinto imensamente abençoada e esqueço de tudo que passei e todas as dores que ainda sinto em decorrência do parto !

Ele é um fofo, não dá trabalho nenhum além do já esperado para um recém nascido !